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JUL
11
11 JUL 2023
CULTURA
SAÚDE
Tapumes da obra do Espaço Popular do Eldorado ganham colorido especial dos grafites
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Jovens mostram como a arte urbana traz vida nova à cidade, tornando-a mais acolhedora

Os tapumes da obra do Espaço Popular do Eldorado começaram a ganhar cara nova após a grafitagem dos usuários dos projetos “Meu rolê” e “Fica vivo!”. A vedação provisória, que delimita as intervenções durante a construção, recebeu o toque de criatividade dos jovens, que criaram a própria arte e coloriram o dia a dia de quem passa pelo local.  

A iniciativa teve o objetivo de levar os jovens para fora dos seus polos e projetar a arte do grafite para a população. “Cada um criou a sua imagem no papel, expressando o que desejam externar para quem passar pelo local, e depois nós ajudamos na projeção. E isso é legal, porque eles vivenciaram um dia de um artista profissional”, explicou o oficineiro e professor de grafite dos dois projetos, Wellington Neguinho.   

 
Jovens participantes das oficinas fizeram os próprios desenhos a serem grafitados. Fotos: Fábio Silva/PMC

M. R., 25 anos, que faz parte do Projeto “Fica Vivo!”, expressa felicidade pelo reconhecimento e oportunidade em transformar espaços da cidade com seu grafite. “Aqui é onde eu consigo me expressar, me libertar e esconder todos os problemas, tudo que acontece no mundo. Quando estou fazendo arte, eu esqueço tudo. E isso é a melhor coisa que tem, não há nada melhor!”, destacou.   

Com trabalho que explora a imaginação, o grafiteiro e professor do “Meu Rolê”, Reinaldo Ribeiro, mais conhecido como Rei, afirmou que a ocupação dos espaços do município é importante para o reconhecimento da potência que a arte tem em relação à vida. “Aqui nós só auxiliamos. Nós trabalhamos isso dentro das oficinas, a arte como um todo para ajudar na expressão dos meninos. E com esse convite, conseguimos expandir esse trabalho”.  

Segundo o subsecretário de Parques, Praças e Áreas Verdes, Lindomar Diamantino, a proposta é trazer vida ao espaço com intervenções artísticas, trabalhando a intersetorialidade dos dois projetos. “Nós convidamos os projetos de inclusão da cidade para vivificar o local com a arte do grafite”, pontuou.  

A arte é uma expansão do cuidado em saúde mental, forma de se comunicar e de se reestruturar internamente. O projeto “Fica Vivo!” trabalha na perspectiva da prevenção à criminalidade com foco na redução de homicídios de adolescentes e jovens, por meio da articulação interinstitucional entre a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e órgãos municipais. 

Conheça o Meu Rolê  

Presente nas oito regiões, o “Meu Rolê” começou, em 2021, na Ressaca e na Nacional, e ao longo do tempo, foi ocupando espaço em todos os territórios de Contagem, componente da Rede Atenção Psicossocial (Raps). A iniciativa compõe a importância de fortalecimento da Política de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas no âmbito do cuidado, atenção integral e proteção de crianças e adolescentes. 

O projeto trabalha a atenção psicossocial, inserção e cidadania por meio não só da arte, mas também pela circulação na cidade e pelo protagonismo dos usuários. É direcionado para crianças e adolescentes, de seis a 18 anos. “Hoje o Meu Rolê num todo, está com cerca de cem usuários. Trabalhamos várias atividades, junto com os equipamentos de proteção, educação e desenvolvimento social”, explicou a articuladora do território, Ana Paula Costa Maia.  

Segundo a diretora de Saúde Mental, Bárbara Ferreira, o projeto prevê um deslocamento importante do modo como a sociedade pauta as questões de sofrimento psíquico nessa faixa etária, com a diretriz de ir na contramão da patologização e medicalização da infância e adolescência. “Ofertamos no Meu Rolê outras possibilidades, ampliando o conceito de cuidado psicossocial, sempre em articulação intersetorial e com os órgãos de proteção”, disse.  

A jovem L. A.,15, que faz parte da iniciativa desde o início, contou  que a expressão pelo grafite é algo que a deixa feliz e que a tem ajudado a trabalhar várias questões. “Eu achei muito bom estar aqui, é muito tranquilizante e relaxante. Sinto-me ótima quando crio. Já é a segunda grande arte que faço, a primeira foi no Capsi.” 

A porta de entrada para o “Meu Rolê” é a Unidade de Saúde (UBS) de referência, que faz uma avaliação do caso, e realiza os encaminhamentos necessários.  

Clique aqui e confira a galeria 1 - Fotógrafo: Fábio Silva/PMC
Clique aqui e confira a galeria 2 - Fotógrafa: Luci Sallum/PMC

Autor: Laura Oliveira / Edição e revisão: Ana Paula Figueiredo
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